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[A Origem] Medieval Realms of Elysium


vital900

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A Origem

 

 

Sunyatan, Neshima, Ihoê, Moksha, Penten: esses são os cinco planos existentes. Existe uma lei aplicada aos planos: quem pertence a um plano pode reconhecer o plano anterior e o próximo, mas nunca além disso. Reconhecer um plano é ter a consciência de que ele existe, logo se a ele pertencer, a ele reconhece. Então quem pertence ao primeiro plano pode reconhecer o segundo. Quem pertence ao segundo reconhece o primeiro e o terceiro plano. Os que pertencem ao terceiro reconhecem o segundo e o quarto plano. Os pertencentes do quarto reconhecem apenas o terceiro plano, pois o quinto plano é a exceção da lei. Os pertencentes do quinto plano reconhecem todos os outros planos.

Sunyatan é o início, o nada, a ausência de tudo, a essência da origem. Um plano sem presença negando todos os outros planos, quebrando a lógica da existência e imitando o inútil. Mas não é um plano sem sentindo, pois marca o começo de tudo.

Neshima é o plano espiritual, é o que não ocupa espaço, mas pode simulá-lo no terceiro plano, em que a imagem de um espírito é a sua simulação, podendo apenas ser vista por seres específicos.

O segundo plano é a existência base da vida e o começo de um sentido para a mesma. Neshima é o mais belo. Ele acredita no futuro, no ser, na vida e sua evolução através de sua passagem pelos planos. É o único plano que aceita a regressão sem consequências, aceita a volta de quem pertence ao plano seguinte.

Ihsoê é o plano mais conhecido, plano em que os espíritos recebem corpos. Não é um plano horrendo por mais que a desgraça e o caos sejam presentes, pois a liberdade é muito maior em relação aos outros planos. O tempo, o espaço e as sensações existentes nesse plano, fazem com que os seres se apaixonem por sua passagem em Ihsoê.

Quando o corpo morre é julgado se o espírito está preparado para o próximo plano. Quando está, do plano Ihsoê vai para o Moksha. Essa é a função do terceiro plano: preparar os espíritos para o que os aguarda. Se não está preparado, o espírito regride ao segundo plano a espera do seu próximo corpo em Ihoê.

Moksha é o plano mais triste pois aqueles que pertencem a ele, acreditam estar próximos do fim. Ele simboliza a libertação do corpo. É o plano da desistência, da angústia, verdadeiro plano dos suicidas (tal ato exclui o espírito e o regride a nada: próximo ao que se encontra em Sunyatan, o primeiro plano). Moksha é o teste final, pois ninguém deste plano sabe de Penten, o último plano.

Quem pertence a Penten são chamados de deuses, pois somente aqueles que abraçaram a dor e se entregaram ao total desconhecido o ingressam. Os deuses são imortais, mas finitos. Ninguém e nada os destrói a não ser o próprio plano, quando completam sua missão. Eles possuem matéria e a criam em grandes proporções, podendo dar a vida as suas criações, que são limitadas ao quinto plano. O corpo e a imagem dos deuses são de suas próprias escolhas, eles ainda podem aparecer em Ihoê na forma de ilusões para quem quiserem.

O quinto plano molda, com a interferência dos deuses, os outros planos.

 

 

* * *

 

 

Sunyatan prensava os outros planos em um único ponto. A densidade e forças compactadas eram tantas, que o nada resolveu expelir tudo que estava condensado e apertado, e uma explosão incomensurável surgiu. Então os outros planos se formaram e se dividiram.

Cada plano assumiu sua função. No plano Neshima, novos espíritos rapidamente apareceram e se multiplicaram em menos de qualquer fração de segundo - o segundo plano não abrange tempo.

O terceiro plano foi o que mais demorou para se desenvolver, tudo ocorria lentamente.

Em Neshima os dois primeiros espíritos, de igual poder, foram denominados irmãos. Como eram os dois primeiros espíritos começaram a evoluir primeiro e assim diferenciar-se dos demais, e sentiram a necessidade de passar para o próximo plano - é assim que os espíritos migram de plano, quando evoluem e diferenciam-se. Porém como Ihoê ainda estava em desenvolvimento e não aceitava qualquer tipo de vida, os irmãos não conseguiram se materializar e pularam para o quarto plano.

Moksha, o quarto plano, surgiu para abrigar os irmãos, espíritos muito superiores daqueles que pertenciam a Neshima. Os irmãos decidiram criar o tempo, para que os espíritos que chegassem a Moksha, fossem mais novos do que eles, e portanto inferiores. Mas como uma falha da criação do tempo, surgiu a dor. E com o passar do tempo a dor aumentava.

Um dos irmãos não aguentou tamanha dor e se sacrificou. Sobrara Mier, um espírito que passou a ser solitário. E só depois de 2 bilhões de anos espíritos vindo de Ishoê (agora completamente desenvolvida) chegaram a Moksha.

Em Ihsoê 3 mundos se formaram: Ninesour, Gatoch e Fukliar. No primeiro mundo as nuvens dominavam. Nada se via de fora para dentro, nem de dentro para fora. No segundo, uma imensidadão de gelo branco, impossibilitando verificar o seu interior. E o terceiro, um mar de fogo.

Fukliar ficou ao centro. Ao seu redor rotacionava Ninesour, que por sua vez atraía Gatoch. O mundo de gelo realizava voltas no mundo das nuvens, e esporadicamente devido a rotação dos 3 mundos, Gatoch era aquecido diretamente pelo mundo de fogo, derretendo um pouco de sua crosta.

Isso se repetira por muitas eras, até que Gatoch revelara a forma de uma criatura gigantesca dentro de si. Aquele ser era quase do mesmo tamanho do mundo que a congelava. Possuia cem braços e uma enorme cabeça. O seu corpo foi sendo descongelado até um espírito possuir a criatura adormecida: Rimy era seu nome.

Rimy sabia que seus dias estavam contados. Seu mundo estava se desfazendo e a qualquer momento ele ficaria solto no universo. Então Rimy teve a ideia de pular para o mundo das nuvens assim que conseguisse soltar os seus pés. E assim aconteceu. A criatura gigantesca se soltou de sua plataforma de baixa temperatura, abriu os seus cem braços e saltou para o mundo das nuvens.

O problema eram as surpresas do desconhecido. Rimy, ao abraçar Ninesour, sentiu suas entranhas sendo espetadas por uma infinidade de espinhos metálicos, como se fossem agulhas. Aquele mundo escuro e desconhecido era formado por uma liga de metal. O impacto do gigante tinha sido tanto que seu corpo ficou completamente espetado naquele território negro. O sangue fervente do gigante, que o mantera vivo no mundo de gelo, derreteu as agulhas e assim foi formado o mágma. Mas a dor do gigante era imensa e Ninesour, dominado apenas por trevas, fez lágrimas do habitante colossal escorrerem. Acabaram por esfriar o próprio sangue e o metal derretido, formando um crosta por toda a extensão do mundo.

O gigante se levantou, depois que a crosta se formou embaixo de seu abdômem, e olhou para aquela escuridão acima, resolvendo dar a luz àquele lugar. Encheu seus pulmões e soprou o mais forte que conseguiu para cima, e viu que as nuvens negras do novo mundo de Rimy eram moldáveis, dando espaço para a Luz entrar. Recolheu toda aquelas nuvens com suas cem mãos, reunindo-as em uma das poucas formas que tinha conhimento: uma esfera.

Para garantir a firmeza das nuvens, Rimy retirou de seu enorme nariz uma secreção amarelada e a colocou ao redor da esfera escura. Chamou a bola de Lua e a lançou o mais longe possível em direção ao mundo de Fukliar, mas Rimy não contava que aquela secreção fosse tão grudenta, capaz de agregar poeira cósmica conforme se aproximava do mundo de fogo. Com tanta força que Rimy lançou a Lua para o alto, Ninesour começou a rotacionar ao redor de sima.

Rimy havia criado o Dia e a Noite e chamou o esse dia de Dia da Lua.

Então o gigante adormeceu. Quando o dia virou, Rimy foi acordado por um tremor. E uma enorme dor em dois dos seus cem braços ele agora sentia. Eram pés de outra criatura colossal com um olho só.

- Quem és tu? - Indaga Rimy furioso.

- Sou Rymlegd, o Ciclope. - Disse o gigante de um olho só, quase sorrindo.

- De onde... - Antes mesmo de Rimy perguntar de onde viera aquele outro gigante, Rymlegd solta o enorme braço no rosto de Rimy e uma luta começa.

O gigante de cem braços não era tão forte quanto o ciclope, mas aquela quantidade de membros dava grande vantagem à Rimy. O ciclope acabou se enrolando em seus movimentos e foi imobilizado por seu adversário.

- De onde vens, Ciclope? - Agora Rimy estava no controle da situação.

- De longe, muito longe.

- E o que fazes aqui?

- Vim tomar esse mundo para mim.

- Esse mundo é meu. - Dizia Rimy revistando o ciclope com seus braços livres, até que achou um punhado de objetos, pretos e redondos, com tamanhos diferentes, no bolso da vestimenta do ciclope. - O que é isso?

- Isso são sementes não as retire de meu bolso. Elas são minhas! - Agora o gigante de um olho só tentava se soltar e estava quase conseguindo.

- Sementes? O que são sementes? Eu troco a sua vida por elas. - Disse Rimy decidido.

O ciclope não estava em uma situação favorável, aceitando o acordo e finalizando com a última frase:

-Então tome, as coloque fundo na terra e lindas esculturas nascerão. - O ciclope é solto e ele as entrega ao gigante de cem braços, recebendo-as satisfeito. Logo em seguida o monstro caolho dá um salto enorme e foge de vista. O dia termina sendo chamado por Dia da Luta e o construtor do mundo repousa até as luzes de Fukliar inundarem seus olhos.

Mais um dia de trabalho. O gigante de cem braços coloca todas as sementes na superfície do solo e pega uma semente com cada mão. Logo depois empurra as sementes para o fundo da terra, iniciando o trabalho da plantação. Em seguida o gigante senta e espera.

Um tempo se passa, mas ele não tem noção de quanto demoraria para as esculturas nascerem e o gigante sentimental começa a chorar pois havia sido enganado. As lágrimas escorreram por seu rosto, regando a terra. Em pouquíssimo tempo, diferentes plantas crescem ocupando boa parte do território de Ninesour e esculturas de madeira com cabelos verdes nasceram. O dia então ficou designado como Dia da Plantação.

No quarto dia, a água evaporou das plantas causando uma chuva poderosa. Raios e trovões chegam ao mundo de Ninesour pela primeira vez. Rimy não consegue trabalhar e ainda é eletrocutado, causando-lhe queimaduras. Rimy chora muito, formando lagos e rios. A água evapora e as chuvas pioram e mais raios atingem o gigante. Dá-se o nome então de Dia do Trovão. E isso continua até Rimy não ter mais lágrimas.

O dia seguinte Rimy acorda muito doente. Toda aquela chuva causa um resfriado pesado no construtor do mundo e o gigante não para de espirrar. Mas os seus espirros são muito altos e despertam o movimento das esculturas de madeira. As árvores se soltam do solo e criam movimento. Aquelas sementes do ciclope não eram simples sementes, eram sementes de Ents. E eles estão muito incomodados com o espirro do gigante, pois atrapalham o sono dos Bebês Ents. O gigante ouve as mães cantando para seus filhos e enxergam os pais brincando com os bebês para pararem de chorar e Rimy descobre o amor dos pais. Instantaneamente seu resfriado é curado. O quinto dia é nomeado como Dia do Amor.

Mas antes do dia terminar, mais um movimento inesperado na terra: formigas. Seres extremamente pequenos, que não conseguem ser vistos pelos olhos de Rimy, invadem o ouvido do gigante para pedir um conselho. As formigas falam, mas ninguém responde a elas, até que uma formiga resolve picar a orelha do gigante. Agora sim o grande Rimy dava atenção.

- Senhor, hoje nasceu a segunda formiga gigante. E a formiga destrói tudo por onde passa, destruindo nossas moradias e matando nossos familiares. O que vamos fazer?

- Declare-a Rei! Os maiores e mais fortes mandam e são reis.

- Não temos um rei. - Disse a formiga. - Só uma rainha e os machos reprodutores. Mas o maior problema é ela conviver conosco, porque destrói todo o nosso trabalho!

- Como é o nome dessa formiga?

- Saturnus - A formiga respondeu.

- Então traga-a aqui.

Saturnus era tão grande que o gigante conseguia a enxergar como um ponto.

- Saturnus, eu tenho certeza que você é tão grande e diferente como eu. Então quero que você trabalhe para mim, ajudando-me com a construção do mundo subterrâneo. - E assim foi feito. No sexto dia, Saturnus começou o seu trabalho e Rimy apenas descansou. Todos os túneis, passarelas e buracos feitos no subsolo e rochedos, foram feitos pela formiga.

Então chegou o sétimo dia. Rimy olhava para Ninesour e enxergava vida. Ele estava feliz, sentindo que seu destino estava quase no fim. Ele estaria quase pronto para desfrutar das maravilhas daquele lugar.

Passeava pelas terras plantadas de Ents e notou uma escultura diferente. Era uma planta escura, muito mais escura que as outras, mas ela não estava morta como aparentava. Aquela planta se movia de um lado para outro, mostrando-se saudável. Até que o gigante perguntou:

- O que tens minha filha?

- Nada, mas tu não és meu pai. - Respondera a planta grossamente.

- Como? É óbvio que sim. Eu a plantei, eu a criei.

- Não sou, meu cheiro é único e diferente de todas as outras. Experimente só! - Dizia a planta convicta.

Então Rimy a cheirou. Logo em seguida Rimy sentiu o peso do Ciclope em suas costas.

- Realmente achou que eu não iria voltar? - Gargalhava Rymlegd. O gigante dos cem braços não respondera. - Essa planta tem um pólen mortífero que não pode ser absorvido por nenhum ser, mas não foi o que acontecera aqui.

Rimy estava sentindo os efeitos da planta, uma fraqueza ataca o seu peito e ele não tem forças para se levantar.

- Eis a minha vingança! - E Rymlegd começa a quebrar braço a braço do construtor de Ninesour. Observando todo o sofrimento do gigante, formigas e Ents se reunem para revidar contra o ciclope. As formigas sobem pelas pernas do caolho e começam a picar sem interrupções. Os Ents jogam pedras e galhos afiados no ciclope, fazendo com o que Rymlegd saísse de cima de Rimy.

Rimy une suas forças, utiliza seus braços não quebrados e mais uma vez toma controle do ciclope, mas agora sua força é concentrada a um único golpe, o último golpe do construtor, um dos últimos movimentos do grande: os braços restantes jogam o ciclope contra o mundo de Fukliar, mas a força fora tanto que parte o mundo em alguns pedaços.

Rimy olha para o acontecido e se coloca deitado em cima de todo o território que consegue, protegendo as florestas contra os meteoritos flamejantes. Uma esfera vermelha menor fica ainda acima dos céus e o gigante a chama de Sol.

- Hoje é o Dia do Sol, encerrando então a minha jornada. Sentirei saudades de todos vocês. - dizia o gigante a todos os animais que agora habitavam Ninesour graças ao construtor. E suas lágrimas acabam por preencher os buracos de terra sem plantas, formando grandes lagos, rios e até oceanos, nutrindo como faltava o mundo de Ninesour.

 

 

* * *

 

 

Depois que os primeiros sinais de vidas começaram a aparecer, o segundo plano enviara os espíritos mais desenvolvidos e voluntários para o desconhecido. Os espíritos assumiram formas estranhas e em pouco tempo alcançaram o quarto plano. Quando isso aconteceu, criou-se a necessidade de mais um plano e Penten, o quinto plano, surgiu.

Penten ocupava espaço, de uma forma paralela ao terceiro plano, mas o tempo não existia por ali. Dessa forma Mier se deparou com a imortalidade e tomou para si uma forma pela primeira vez em um local que garantia uma vida sem fim. Em Penten, sem o tempo, não existia envelhecimento. Mas o tempo que Mier passara no quarto plano fora últil para desenvolvê-lo mentalmente. Mier era muito inteligente e sábio e rapidamente aprende a dominar a matéria, criá-la e descriá-la. Ele sabia modificar a sua própria aparência, era o ancestral de toda a magia e a mais poderosa alma existente entre os planos, ele era Deus.

Fora destinado a assumir o papel de comandante. Era o mais sábio, capaz de decidir sobre os outros planos e alterá-los e para isso se tornava necessário reconhecê-los. Por esse motivo a lei de reconhecimento dos planos era diferente para o último plano.

Então o segundo deus chegou a Penten. Mier tinha a certeza que mais um plano se criaria e para lá seria destinado. Mas não foi o que aconteceu.

Revoltado decidiu extrapolar. Juntou toda a sua força, inteligência, poder e, então, criou Aviritia. Um plano sem tempo, um plano sem espaço e preenchido com Mier, instantaneamente forçado a pertencer a esse plano. Mier se encontrava na pior situação, nem as dores do quarto plano eram mais fortes que os arrependimentos de Deus.

Passaram-se milhões de anos e novos seres ocuparam as terras do quinto plano. Muitas mudanças aconteceram com as decisões dos novos deuses. Espirítos amigos dos poderosos do quinto plano foram convidados a pular o terceiro e quarto plano, virando deuses pelos mais variados convites. A maioria dos deuses que anteciparam sua passagem a Penten fizeram grandes besteiras: criaram monstros malígnos para habitar Ninesour, seres inteligentes e mágicos, seres extremamente grandes, fortes e possessivos.

Certa vez, quando os deuses festejavam e gozavam de suas vidas, com diversos seres em uma ceia com muito hidromel e ambrosias, Mier surgiu. A reação fora simples:

-Oh, Mier? - perguntavam-se. Havia ele regredido do sexto plano? Todos os deuses ficaram abismados. Ninguém sentia mais fome. Um sentimento de insegurança tomou conta da festa e tudo parou. Mier olhou para Ninesour e diante de tanto caos, gritou.

O grito de raiva absorveu o poder dos deuses ali presentes, exceto o de si próprio. Os deuses foram escravizados e transformados em seres imortais dotados de asas, chamados de anjos. E todos foram destinado a viver no quinto plano sob as ordens de Mier, com exceção de uma: Desha.

Desha era um dos espíritos que pularam do segundo para o quinto plano. Ela criou diversas bestas e monstros mórbidos, criou caos no mundo, nem as florestas podiam viver em paz.

Mier a segurou pela garganta e a levou ao céu de Ninesour. Cortou suas asas e falou:

- Aqui um mundo de caos a aguarda, o mundo merecido a ti. - Ao terminar de falar, ele a soltou.

Ela caíu com uma velocidade absurda sobre o chão, criando uma fenda gigantesca, passando pelo sangue de Rimy e chegando ao local mais sombrio do planeta chamado de Reino dos Mortos. Mier a ordenou a ficar por lá com algumas de suas criaturas, vigiando a entrada de todos os corpos ambulantes, onde os espíritos se separam de seus corpos e entregam a sua forma mais horripilante ao Vale das Sombras, um vale de trevas onde todos os mortos se reunem, no Reino dos Mortos.

Mier, o Deus, precisava reformar o terceiro e o quinto plano, mas o quinto plano era muito mais extenso que o terceiro e só ele poderia executar esse trabalho. Então resolveu recrutar novos deuses para criarem seres inteligentes e civilizarem Ninesour, que já tinha sua forma regulada graças ao construtor do mundo.

Diante dos que estavam no quarto plano, Moksha, escolheu aquele que fora um unicórnio, um ser místico e inteligente que protegia as florestas. Moldou o corpo de um elfo e entregou ao novo deus.

- Llunnbel, eis o seu corpo!

O novo deus assume uma posição de reverência a seu pai, agradecendo-o.

- Agore crie os seus semelhantes para proteger o mesmo local que protegia na sua vida anterior.

Llunnbel obedeceu seu pai e colocou os elfos espalhados nas florestas. Mas as criaturas que habitavam a floresta eram fortes demais para esses novos seres, então Mier os abençoou e os elfos passaram a dominar um tipo de magia.

Depois Mier escolheu aquele que fora um Golem, ser criado com terra e pedra. Moldou um ser baixo e musculoso e o entregou ao deus Blontor. O segundo deus convocado recebe a mesma missão que o deus élfico. Blontor cria seres com a essência da terra e pedras e os coloca para governar as profundezas. Mier os abençoa e eles aprendem a moldar as pedras com as próprias mãos, eles desenvolvem armas pesadas de pedra e dominam todos os locais rochosos do subsolo. Sentem-se satisfeitos ao encontrarem pedras brilhantes.

Ainda existiam represas, cavernas e outros locais no subsolo não rochosos que deveriam ser ocupados. Então um antigo troll do subsolo que vivera por quase 1000 anos fora escolhido para ser o deus gnomo. Toz-Nik recebera o corpo de gnomo e criou seus semalhates. Os gnomos se ambientavam muito bem nas cavernas e com ambientes naturais. Toz-Nik os escolheu para se dar bem com ilusões, simulando grandes ursos nas cavernas escuras.

Mesmo assim faltavam seres para ocupar as terras espalhadas, seres adaptáveis a qualquer lugar. Então criaram elfos mais baixos e mais ágeis que poderiam se camuflar facilmentes em qualquer terreno: os halflings; e anões mais altos e inteligentes, já que ficariam fora das cavernas e minas, adaptados às terras acima do subsolo rochoso: os humanos.

Sendo assim Mier escolheu aquele que havia sido um camaleão, uma pequena criatura capaz de se camuflar em qualquer terra, e o fez como o deus halfling, Nihr, o mais baixo dos deuses. O pequeno deus espalhou seus semelhantes por todos os locais e os ensinou a serem silenciosos e imperceptíveis.

Para os humanos, Mier decidiu adotar vários deseus, assim eles teriam liberdade de escolher a quem cultuar. Essa foi a única raça a ganhar vida primeiro que seus deuses e a última a ocupar os locais no mundo. Mier fez um a um, seres flexíveis, e em seguida fez seus deuses: Damien, Caligula, Morholt, Brawen e Hesse.

Em seguida alguns outros espíritos evoluem para o quinto plano, mas sem a mão de Mier. Rimy, o construtor, vira deus da Luz e conselheiro direto de Mier. Banzer, um Ent morto por Rymlegd, o ciclope, é recebido como deus da Guerra. Saturnus, a formiga gigante, transforma-se na deusa da Terra.

Mesmo com uma grande sociedade de deuses em Penten, Mier precisava de mais ajudantes e resolveu explorar os anjos.

Os anjos são criaturas com uma infinidade de poderes e acesso livre ao quinto plano. Recebem poderes em troca de afazeres e fidelidade a seus deuses. Eles devem obedecer eternamente às ordens de seus donos, sem nunca contestar ou ao menos demonstrar qualquer tipo de resistência. Um anjo que vá contra seu dono pode ser banido de Penten ou ter sua alma destruída.

 

Créditos: Vítor Amaral

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  • 3 weeks later...

Que mente brilhante!

Muito criativo cara, meus parabéns. smile_positivo.gif

 

Sugiro por em negrito ou algo que chame mais atenção, os nomes dos planos, mundos e deuses principais, ajuda na leitura do texto.

 

@EDIT:

O texto é seu ou do Vitor Amaral? Só notei os créditos agora, bem no cantinho embaixo do texto...

Editado por Goomba
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  • 3 weeks later...

muito boa a história.

 

mas a principio me pareceu interessante, após ler me parece que metade ou mais um pouco, tornou um pouco enjoativo e parei.

 

mas pela parte que li, está excelente.

 

observa-se em alguns pontos um texto grande e cansativo.

 

sugiro a adição de imagens e coloração na fonte, com objetivo de quebrar esse "cansaço".

 

sem mais.

 

resto só elogio.

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Estes textos serão parte de um livro, logo colocar imagens em conteúdo literário só se for para crianças, né?!?

Editado por vital900
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