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O Fim dos Tempos - Entrevista com o Diabo


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Fim dos Tempos

Capitulo 16

 

 

 

Enquanto o mundo se recuperava do maior tempo de destruição que ele já tinha passado até aquele dia, o líder da aliança dos presidentes – o homem em particular – fazia uma coletiva de imprensa para todos verem. Algumas pessoas não gostaram da atitude dele de dar prioridade para um “alienígena”, ao invés de mandar ajuda para os lugares mais atingidos pelas catástrofes. Quando os jornalistas perguntavam, as pessoas respondiam:

O que?! O que eu estou achando? Isso é uma pouca vergonha, isso sim! Nós aqui passando dificuldade, sem lugar para morar e ele aí... “O nosso grande presidente”! “Presidente” uma ova! Ele devia estar era mandando ajuda e não entrevistando um alien!

Repórter:

Mas você não acha que uma descoberta dessas é importante? Eu sei que vocês estão passando dificuldades, mas foi agora que ele resolveu aparecer para nós. Você não acha que deveria considerar um pouquinho?

Pessoa:

O que?! No dia em que esse alien vier aqui nos trazer algum tipo de ajuda, aí eu não falo nada dele. Mas até lá, meu filho... Isso é uma pouca vergonha, o que ele está fazendo!

E o discurso das outras pessoas era parecido com esse. E eles tinham razão. As únicas pessoas que estavam realmente ajudando, sem precisar, eram os cristãos. Inclusive, eles estavam fazendo milagres incríveis, como curar pessoas feridas. Enquanto isso, André e os outros que se escondiam ali no esgoto se reuniram e planejaram algo. Depois de ouvirem aquelas palavras de Heylel, o Anjo que todos pensaram ser um extraterrestre, e também do próprio homem em particular, eles estavam furiosos. Eles, definitivamente, tinham que fazer algo quanto aquilo. Então alguém comentou:

Espere! Eles disseram que nós poderíamos ligar para perguntar!

Os outros comentaram e gostaram da ideia. Um pastor que estava ali também decidiu que eles ligariam e perguntariam alguma coisa também. Eles ficaram discando muitas vezes, até que as propagandas passaram e a coletiva iria começar novamente. Todos se voltaram para frente da TV e ficaram atentos. O homem em particular apresentava:

Boa noite pessoal! Sejam bem-vindos de volta a nossa grande coletiva de imprensa com o nosso mais novo amigo: o primeiro extraterrestre genuíno que encontramos na Terra! E o nome dele é...! Heylel!

Os flashes inundaram novamente o local e o homem em particular continuou, enquanto Heylel se fazia de envergonhado por tanta adoração:

É isso mesmo! Bom... Nosso primeiro contato não foi assim, tão amistoso, mas aquilo nós podemos...

Heylel interrompeu, dizendo:

Ah! Aquilo foi somente instinto de sobrevivência. Eu pensei que vocês iriam me matar, ou me prender. Rsrsrs... Foi mal.

Homem em particular:

Ora, está tudo bem! Nós entendemos perfeitamente. Não se preocupe. Mas, agora, voltando à nossa entrevista...

Ele pegou um papel em cima da mesa e disse:

Vamos ver aqui... Agora nós vamos deixar que um telespectador em qualquer lugar do mundo fale, ao vivo, com nosso amigo Heylel! Você que discou nesse número que está aparecendo na sua TV aí neste exato momento tem a chance única de falar com um extraterrestre de verdade! Muito bem... Vamos ver quem está na linha: Alô, quem fala?

A voz de um senhor de idade falou:

Alô? Ah, sim!

Não era o pastor – queestava tentando ligar ao lado de André – eraoutra pessoa. E ele continuou:

Sim, sim! Estou ouvindo.

Homem em particular:

Com quem estou falando?

O senhor:

Ah... Meu nome é Gregório Silva Lima.(Nome fictício)

Homem em particular:

Então, senhor Gregório? Qual é a sua pergunta?

Gregório:

É... Eu tenho uma pergunta sim. Eu queria saber do... Do... Heylel, é isso?

Heylel:

Isso mesmo.

Gregório:

É... Então... Me responde uma coisa: Você é o diabo tentando enganar a todos com esse papo de alienígena aí? Eu te conheço! Você não me engana! Fala a verdade! Pode confessar! Você é o demônio que resolveu aparecer finalmente! Fique preparado, porque nós vamos arrebentar você, tah ligado?!

Todos comentavam baixinho, mas ainda ouviam:

É... Está pensando que nós somos manés? Pensou que nós não perceberíamos que você é o diabo, rapaz?! Quer enganar quem?

Muitos cristãos ao redor do mundo, que estavam assistindo isso, riram muito. Todos esperaram por um instante e depois o homem em particular perguntou:

Pronto? Senhor Gregório...? Já terminou?

Gregório:

Já.

(“Já”... Esse cara é hilário!) Homem em particular:

Certo... Qual é, exatamente, sua pergunta?

Gregório:

Se ele é o demônio! Que veio para nos atentar...

Homem em particular:

Certo... Entendi. Você entendeu, Heylel? A pergunta dele...? Pode responder? Certo... E então? Qual sua resposta?

Heylel:

Ahh... Bem... Não sei do que ele está falando, mas...

Todos começaram a comentar sobre aquilo, inclusive o senhor no telefone e o pessoal junto de André. O pastor que ia ligar comentou:

Esse cara aí é enviado de Deus. Eu não falei, mas ele também falou, que até...! Rsrsrs...

André:

Mas não adianta. Ele continua mentindo. Nós tínhamos que usar a Verdade contra ele.

O homem em particular acalmou a todos novamente e Heylel continuou:

Não... Espera... É que eu não sei mesmo do que ele está falando. Eu sou um K’eruwb. Venho do planeta...

O senhor no telefone falava cada vez mais alto e não era possível compreender direito o que Heylel estava dizendo. Por fim, o homem em particular pediu que tirassem o senhor da linha e depois disse:

Bem... Sinto muito, mas não dá para conversar desse jeito. Viu só, Heylel, do que estou falando? Esse era um cristão. Dá pra conversar dessa maneira?

Heylel:

É... Realmente...

Homem que se diz profeta:

Não... Você ainda não viu nada!

Homem em particular:

É... Esse não é nem um terço da coisa toda. Tem uns que partem para a violência mesmo! Por isso estou impondo leis mais rígidas para poder controla-los. Mas, enfim... Vamos para o próximo ouvinte!

Nessa hora, André e os outros tentaram pegar o telefone para ligar, mas o homem em particular já tinha dito:

Alô, com quem eu falo?

E responderam do outro lado da linha:

Alô. Só um instantinho que eu vou passar aqui pro... Meu irmão. Ele vai falar.

Todos pararam como estátuas com o telefone formando uma bagunça em suas mãos e, quando perceberam que já tinham atendido, disseram juntos:

- Ahhh...

- Ahhh...

- Ahhh...

Mas, então, alguém os chama lá do fundo dizendo:

Pessoal! Pessoal! Alguém vem aqui! Fala aqui por mim. Eu não sei o que falar.

Quando todos olharam e viram que foi um deles que tinha conseguido ligar, eles largaram o telefone e foram correndo até o jovem para fazer sua pergunta:

Pronto. Pode falar. (Em voz baixa:) Psiu! Fiquem quietos aí!

Homem em particular:

Ora, ora... Com quem eu falo?

Do outro lado da linha:

Alô? Ahh... Sim. Meu nome é... André.

 

 

 

 

 

 

Continua...

Editado por InterPlay
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