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Contos de um Velho Aventureiro (PRÓLOGO + CAPÍTULO 1)


Gabriel Couto

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Não há nada tão bonito quanto a nossa própria história. A minha é vasta de desafios e aventuras grandiosas por esse mundo, e não me arrependo de nada que fiz até hoje. Desde pequeno era um garoto de travessuras que só os mais velhos eram capazes de fazer, como por exemplo fugir da cidade para caçar lobos na floresta, quando tinha 9 anos. Naquele tempo, só os adultos poderiam deixar a fortaleza guarnecida com grandiosos cavaleiros. A sociedade era totalmente diferente da que vejo hoje, não que essa seja melhor, mas são tão diferentes que é quase impossível comparar.

Como qualquer diário ou autobiografia que eu tenha visto, irei começar pelos tempos de criança, pelo menos as partes que a memória ainda me permitem lembrar: Meu cérebro e meu corpo não são mais os mesmos, tenho que acabar isso a tempo de falar todas as minhas experiências, com certeza esse será o meu último grande desafio, e eu vou conquistá-lo. Ah, para lembrar, caso eu consiga terminar isso aqui, assinarei somente no final, mas para você não ficar que nem uma besta lendo esse diário, meu nome é Thyn, Thyn Zare, mais especificamente.

Você já deve ter lido histórias sobre mim (1 e 2), mas deixe isso pra lá, provavelmente é mentira rapaz, nunca confie no que os outros falam. Saiba que isso aqui, sim, é realmente confiável. Agora chega de lenga-lenga um pouco, a única coisa que a experiência não me trouxe é aprender a falar pouco, preparem seus olhos e mentes e aproveitem a minha grandiosa história.

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Meu pai era um marceneiro, muitos diziam que era o melhor do Império. A marcenaria ficava anexa à nossa casa e sempre estava cheia de clientes, afinal ele era bem popular e chamava a atenção dos vizinhos. Todos gostavam do meu pai. É claro, como qualquer pai, também desejava passar ao filho (no caso eu, só pensar) a tradição de seu trabalho, para que no futuro eu me sustentasse com isso. Desde pequeno aprendi a fazer lanças, pois o senhor Zare era o grande responsável por fazê-las aos guerreiros do Império.

Claro que qualquer um pode fazer uma lança, não é assim tão difícil, para falar a verdade. Porém, caso você queira vencer uma batalha contra seu inimigo, seja qual for, a melhor opção é procurar um especialista para se armar. Perto de casa ainda morava meu tio, que fazia vários tipos de armadura e escudos para o Império, vale ressaltar que ele era bem mais rico que nós, mas não falava havia anos com meu pai, então eu mal o conhecia. As armaduras eram muito bonitas e bem caras, e os escudos eram impressionantes, defendiam até as espadas e machados mais poderosos.

O que poucos esperavam é que eu não queria ser um comerciante ou fabricante, nada disso. Falta emoção nesse tipo de trabalho, e o que sempre me moveu foi o coração acelerando com o perigo. Sim, perigo, eu era pequeno, e daí? Roubar frutas da feira com minha idade era tão perigoso quanto confrontar um dragão vermelho quando já se é adulto.

Tomei as lições com grande responsabilidade, e tinha uma habilidade natural em fazer lanças com meu pai. Porém, um dia ele recebeu um pedido de outra cidade e fechou a loja por um tempo enquanto tinha que entregar (empregados são caros, nós não podíamos pagar por um), mas como pouca gente sabe esconder coisas, foi fácil encontrar a chave para roubar uma das lanças. Se você pensou que eu tinha entrado na loja do meu pai para fazer uma para mim, não seja burro, eu não era. Várias prontas na minha frente e é claro eu iria pegar uma. Consegui uma que era adequada ao meu tamanho, fechei a porta e escondi de novo a chave.

Não era possível passar pelos guardas, eram muito rigorosos e crianças não poderiam deixar a Fortaleza, a não ser em viagem com algum responsável. Mas tudo tem o seu jeito e a segurança do Império não era lá a mais inteligente, apesar de ser composta pelos mais famosos guerreiros da época. Os bueiros da cidade acabavam em vários túneis que davam em algum local no meio da floresta e nenhum desses era protegido, é claro que eu usei alguns pra me aventurar lá fora, mas passei cada dificuldade, meu amigo…

Continua no Capítulo 2.

Editado por Gabriel Couto
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  • Administrador

Escrita impecável. Você apressou muito a mudança radical na vida do garoto; em um momento era um simples garoto em sua vida contada, em outro, narrou radicalmente situações emocionais e objetivos. Isso tudo transpareceu de uma forma rápida demais para a minha captação da história. Embora seja apenas um detalhe, estou ansioso para a continuação. Gosto muito de ler, acredito que você também. Portanto, continue com a história, por favor. mdr.gifmdr.gif

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Escrita impecável. Você apressou muito a mudança radical na vida do garoto; em um momento era um simples garoto em sua vida contada, em outro, narrou radicalmente situações emocionais e objetivos. Isso tudo transpareceu de uma forma rápida demais para a minha captação da história. Embora seja apenas um detalhe, estou ansioso para a continuação. Gosto muito de ler, acredito que você também. Portanto, continue com a história, por favor. mdr.gifmdr.gif

 

Muito tempo sem escrever esse tipo de história deixa uma ferrugem grande pra tirar hahahahha

Obrigado pelos elogios e vou me policiar melhor nos próximos capítulos. Daqui alguns dias eu posto mais.

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Curti bastante, muito bem escrita, será a minha primeira oportunidade de acompanhar uma historia Roleplaying, pois não havia entrado nesta area antes.

Vou esperar ansioso pela proxima parte.

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Curti bastante, muito bem escrita, será a minha primeira oportunidade de acompanhar uma historia Roleplaying, pois não havia entrado nesta area antes.

Vou esperar ansioso pela proxima parte.

 

Obrigado pelo comentário e espero que continue gostando das próximas partes!

Abraço!

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Gostei bastante da sua forma de escrever, você usa um vocabulário de fácil entendimento e ao mesmo tempo consegue manter a história com ricos detalhes. Além disso a história deixa o leitor curioso e preso à leitura. O "personagem" também interage com o leitor, de forma que torna o texto bem dinâmico e "leve" de ler.

Gostei, parabéns!

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